Terapeuta Ocupacional
As crianças diagnosticadas apresentam uma importante alteração sensorial, ou seja, recebem e decodificam os estímulos sensoriais (táteis, auditivos, visuais, sonoros e olfativos) de forma diferente. Por isso, elas podem reagir de forma exagerada ou diminuída a algumas estimulações sensoriais. Essa característica é uma das causas das estereotipias que compõem o quadro das comorbidades. É o terapeuta ocupacional que poderá avaliar detalhadamente quais alterações sensoriais a criança possui e, com base nessa avaliação, aplicará procedimentos de Integração Sensorial em suas sessões e, principalmente, orientará familiares e demais membros da equipe sobre como garantir um controle sensorial da criança no dia-a-dia, visando minimizar as estereotipias e, com isso, aumentar a atenção, a concentração e o aprendizado. O terapeuta ocupacional também tem um importante papel no treino das
habilidades de coordenação motora fina que podem estar prejudicadas em algumas crianças. A autonomia nas atividades de vida diária (AVDs) também merece a atenção e intervenção do terapeuta ocupacional que, se necessário, orienta adaptações e tecnologia assistiva para que a criança tenha mais condições de se tornar independente nessas atividades. Por isso, a atuação do T.O. não se resume apenas às sessões de terapia ocupacional, mas principalmente, às orientações e treinamentos para familiares e os outros profissionais.